quinta-feira, 26 de agosto de 2010

Floresta reduzida

Pressão de governos estaduais extingue 29 áreas protegidas na Amazônia

amazonia reduzidaUm estudo – "Ameaças formais contra as Áreas Protegidas na Amazônia" –, produzido pelos pesquisadores Paulo Barreto e Elis Araújo, ambos do Instituto do Homem e Meio Ambiente da Amazônia (Imazon), aponta: 29 áreas protegidas na Amazônia foram reduzidas ou extintas entre 2008 e 2009.

A razão: a pressão de madeireiros, fazendeiros e dos próprios governos estaduais da região. O total de florestas perdidas no processo foi de 49 mil quilômetros quadrados (ou quase a área total do Rio Grande do Norte). A íntegra do estudo pode ser conferida no http://www.amazonia.org.br/arquivos/364632.pdf.

O trabalho analisou 37 iniciativas formais para reduzir – em tamanho ou grau de proteção – 48 Áreas Protegidas da Amazônia.  O relatório indica que, para se reduzir as áreas protegidas, foram utilizados diversos instrumentos legais, como projetos legislativos, ações judiciais, decretos do executivo e até mesmo o zoneamento ecológico econômico (ZEE).

Rondônia foi o Estado que reduziu o maior número de área protegidas.  Foram duas unidades de conservação e outras dez extintas. O relatório destaca ainda, no Estado de Mato Grosso, reduções motivadas pela existência de títulos de posse ou propriedade anteriores à criação das UCs, sem falar nos projetos de infraestrutura como estradas e Pequenas Centrais Hidrelétricas (PCHs).

Para os pesquisadores, a manutenção de unidades de conservação é crucial para proteger a biodiversidade e reduzir o desmatamento na Amazônia.  O estudo sugere iniciativas para assegurar a integridade das áreas protegidas.

"Recomendamos punir rapidamente os crimes ambientais; consolidar esses espaços promovendo atividades econômicas sustentáveis e sua regularização fundiária; e utilizar o rigor técnico e legal para eventuais alterações", conclui os pesquisadores no relatório final.

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