domingo, 20 de janeiro de 2008

Usuário de transporte público de Rio Branco paga caro.



Rio Branco tem uma das passagens urbanas mais caras do país, com aproximadamente oito mil quilômetros quadrados, é uma das menores capitais Brasileiras. O que não justifica o preço atual do transporte coletivo. Em cidades de maior porte como Curitiba, Salvador, Cuiabá e Belo Horizonte, a passagem de ônibus custa R$ 2,00 e os serviços prestados tem qualidade muito superior. A passagem de ônibus em Rio branco aumentou 9,4% em fevereiro de 2006, passando de R$ 1,60 para R$ 1,75. Em 2007 aumentou mais 8,5% chegando a R$ 1,90.


Em Belo Horizonte, cujo sistema de transporte coletivo conta com 30% de ônibus bi-articulados, com piso baixo e elevador hidráulico para deficientes físicos, a passagem custa R$ 2,00 nos trajetos mais distantes e R$ 1,45 nos ônibus que circulam no centro – área planejada. Nos horários de pico os ônibus da capital mineira saem de três em três minutos das estações. Os percursos são longos, percorrendo muitos kilômetros e as viagens chegam a durar uma hora e meia. A geografia mineira é bastante acidentada com presença de muitos aclives que culminam em maior consumo de combustível, uma das justificativas para o preço praticado.


Já em Rio Branco (8.000 km2), com pouco mais de 2% da extensão de Belo Horizonte (331.000 km2), os trajetos são muito mais curtos e não ultrapassam 30 minutos da parada final até o terminal urbano. A geografia é praticamente plana – o que contribui para menor consumo de combustível, mas mesmo assim o usuário do sistema do sistema de transporte coletivo paga praticamente o mesmo preço das grandes cidades brasileiras e tem menos serviços e, o que é pior, com menor qualidade.


A prefeitura de Rio Branco através da RBTRANS tem realizado melhorias no sistema viário da cidade e procura fiscalizar o sistema de transportes urbanos. Os diretores foram pessoalmente a campo, em horário de pico, observar o serviço prestado pelas empresas. Segundo Ricardo Torres, diretor da autarquia, regras sobre horários e rotina de serviço estão sendo quebradas. Não há como prever qual o horário nos quais os ônibus passam pelos pontos. De acordo com a RBTRANS as empresas poderão ser multadas e até mesmo perderem a concessão se forem detectadas irregularidades no serviço. A autarquia realizou ainda uma pesquisa no terminal urbano com questões relacionadas à qualidade do sistema de transporte coletivo. A maior reclamação dos usuários, cerca de 50%, foi quanto à renovação da frota e aumento na quantidade de ônibus para diminuir as superlotações, 34% questionaram a regularidade dos horários e 15% sugeriram melhoras nas paradas de ônibus.

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